Karyna Gomes – África, América Latina e Europa

Por Adriana Schmorak

Adriana Schmorak – 14 de Junho de 2023

A cobertura e a crítica das artes da cena. Julius Caesar — Vidas Paralelas, dirigido e roteirizado por Gustavo Gasparani, e interpretado pelo grupo Cia. dos Atores.

“Com o passar dos anos, o histórico vai virando mítico (...) Vai se transformando em um mito (…) os arquétipos são fortes, estão no inconsciente coletivo. Porém, na montagem de uma peça eu me atenho ao personagem da dramaturgia”
(Gustavo Gasparani, 2023) 

A cantora, compositora e percussionista Karyna Gomes, nascida em Bissau em 1976, e hoje morando em Torres Vedras, ao norte de Lisboa, está em turnê no Brasil e vai mostrar músicas de seus dois álbuns – “Mindjer” (2014) e “N'Na” (2021) – acompanhada por uma banda criada especificamente para este espetáculo, formada majoritariamente por mulheres. O show integra a programação cultural que acompanha “Um oceano para lavar as mãos”,  exposição inaugural do Centro Cultural Sesc Quitandinha, que reúne obras de 12 artistas negros de várias gerações e cidades brasileiras, em curadoria de Marcelo Campos e Filipe Graciano, que oferecerá até 17 de setembro ações nas áreas de música, cinema, pensamento e crianças

Centro Cultural Sesc Quitandinha, Petrópolis
8 de julho de 2023, às 18h
Entrada gratuita

O Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis, dentro da programação cultural gratuita que acompanha “Um oceano para lavar as mãos”exposição inaugural da instituição, tem o prazer de convidar para o show “Karyna Gomes – África, América Latina e Europa”, no dia 8 de julho de 2023, às 18h.
A cantora, compositora e percussionista Karyna Gomes, nascida em Bissau em 1976, e hoje morando em Torres Vedras, ao norte de Lisboa, vai mostrar músicas de seus dois álbuns – “Mindjer” (2014) e “N'Na” (2021) –, em crioulo guineense, idioma derivado do português, acompanhada por uma banda criada especificamente para este espetáculo, formada majoritariamente por mulheres.

Karyna Gomes, filha de pai guineense e mãe cabo-verdiana, foi para São Paulo em 1996, cursou jornalismo pela PUC, e integrou o grupo gospel Rejoicing Mass. Já formada, voltou a Bissau em 2001, onde trabalhou em vários veículos de comunicação. Foi então convidada por Adriano Ferreira (Atchutchi) a integrar o histórico e revolucionário grupo Super Mama Djombo. Em 2011, foi morar em Lisboa, e sua música reflete a vivência em três continentes – África, América Latina e Europa

Com excelentes críticas em Portugal e no universo da World Music, Karyna Gomes foi contratada em 2020 pela gravadora Kavi Music, e contemplada pelo Ibermusicas 2023, programa de cooperação internacional multilateral dedicado exclusivamente à música, que promove a presença e o conhecimento da diversidade musical ibero-americana, estimula a formação de novos públicos na região e expande o mercado de trabalho para os profissionais do setor.

Karyna Gomes é também percussionista e toca a tina, uma cabaça, instrumento típico criado por mulheres mestiças da Guiné-Bissau há cerca de 200 anos. 

 “Voltar para o Brasil como cantora, depois de dois álbuns lançados e dezenas de concertos realizados um pouco por todo o mundo, faz-me viajar por todo o meu trajeto musical até aqui e criar um repertório que conta esta história. Não podia apenas trazer um disco novo que está em tour há dois anos. Ao público desta terra que tanto  significa para mim espiritualmente e musicalmente, terei de trazer a sonoridade que fui construindo ao longo destes anos”, diz.

BANDA FORMADA MAJORITARIAMENTE POR MULHERES 
A direção musical do espetáculo é de Guilherme Kastrup, e os músicos são Bia Lima (baixo), Tâmiris Silveira (teclado) e Rafa Barreto (guitarra). “Sou uma cantora urbana, mas que também tem uma raiz tradicional, como quase todos os músicos africanos. A minha música é isso mesmo, a minha música da Guiné. Nossa pátria é nossa língua ou nossas línguas. No meu caso, tenho várias pátrias porque também estreei a cantar na língua lusa, tanto quanto o crioulo. Os rótulos nos limitam e ponto. Somos uma legião de artistas pop da Guiné-Bissau, e vamos gradualmente ganhando espaço no universo lusófono e mundial”, diz  Karyna Gomes

No show, Karyna Gomes vai cantar composições suas, como “Mindjer di Balur”, “Sinal di Mindjer”, “Baluris Torkiadu”, “Gumbe Sperança”, “Gustu di Mel”,“N’Na”, “Speransa” (parceria com Ariel e Maninho) – e as canções Mindjer i Mamé”, de Norberto de Carvalho, “Amor Livre” e “Udjus di Mundo”, de Zé Manel Fortes.
 
 “UM OCEANO PARA LAVAR AS MÃOS” 
A exposição “Um oceano para lavar as mãos”, que tem curadoria de Marcelo Campos e Filipe Graciano, reúne obras dos artistas negros Aline Motta, Arjan Martins, Ayrson Heráclito, Azizi Cypriano, Cipriano, Juliana dos Santos, Lidia Lisbôa, Moisés Patrício, Nádia Taquary, Rosana Paulino, Thiago Costa e Tiago Sant'ana, que ocupam um espaço monumental de 3.350 metros quadrados do Centro Cultural Sesc Quitandinha, em Petrópolis.

A exposição é acompanhada, até seu término, em 17 de setembro de 2023, de uma programação gratuita de música, cinema, teatro, literatura, atividades infantis, oficinas e seminários. O Café Concerto do Centro Cultural Sesc Quitandinha, amplo teatro com capacidade para 270 pessoas, sedia a programação de música e cinema. A curadoria de música é do cantor, compositor, violonista e poeta baiano Tiganá Santana. A mostra de cinema tem como curador Clementino Junior, cineasta dedicado à difusão da obra audiovisual racializada. Flávio Gomes, pesquisador do pensamento social e da história do racismo, da escravidão e da história atlântica, é o curador das ações da linguagem escrita, literária e oral, formatadas como seminários, na Biblioteca.

  O grupo Pretinhas Leitoras, formado pelas gêmeas Helena e Eduarda Ferreira, nascidas em 2008 no Morro da Providência, no Rio de Janeiro, está à frente das atividades infantis, que são feitas na Sala de Crianças do CCSQ. Para ampliar a percepção do público das obras expostas, estão programadas seisoficinas, e a primeira delas será o Ateliê de Artista, com Cipriano

  SERVIÇO: Show “Karyna Gomes – África, América Latina e Europa” 
8 de julho de 2023, 18h 
Centro Cultural Sesc Quitandinha 
Entrada gratuita Exposição “Um oceano para lavar as mãos” 
Terça a domingo, e feriados, das 9h30 às 17h (conclusão do itinerário até às 18h) Visitas guiadas: terças a domingos e feriados, das 10h às 16h30 (conclusão do itinerário até as 18h) Visitação ao entorno do Lago Quitandinha: terças a domingos e feriados, das 9h às 17h (em caso de chuva a visitação é suspensa).

Centro Cultural Sesc Quitandinha
Avenida Joaquim Rolla, nº 2, Quitandinha, Petrópolis
Entrada gratuita
Assessor de Imprensa Sesc RJ – Wando Soares
+5521.98845.2931

Mais informações: CWeA Comunicação

Claudia Noronha – +5521.99360.2330
Walter Clemente – +99370.1861
Lilian Diniz – +5521.99372.6395
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